segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Quaresma 2011 – Mensagem do Papa

 

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Cidade do Vaticano, 22 Fev (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje aos cristãos de todo o mundo para que resistam à “idolatria dos bens”, aproveitando o próximo período da Quaresma para desenvolver a sua “capacidade de partilha”.

“A avidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha”, escreve o Papa na sua mensagem para a Quaresma 2011, apresentada hoje em conferência de imprensa, no Vaticano.

O documento intitula-se «Sepultados com Cristo no Baptismo, também com Ele fostes ressuscitados», frase retirada da carta escrita pelo Apóstolo Paulo à comunidade de Colossos, na actual Turquia (século I).

Segundo Bento XVI, “a idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida”.

Aos cristãos, acrescenta, compete “libertar” o coração “das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra»”, procurando “estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo”.

A Quaresma, que este ano se inicia a 9 de Março, com a celebração das cinzas, é um período de preparação para a Páscoa, maior festa do calendário dos católicos, com a duração de 40 dias, marcados pelo jejum, o apelo à partilha e à penitência.

O Papa sublinha que este período oferece “um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã”.

“Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo”, precisa.

Quanto ao jejum, Bento XVI afirma que a prática “adquire para o cristão um significado profundamente religioso”.

“Tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos”, escreve.

Nesse sentido, diz o Papa, “para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo”.

Bento XVI dedica também vários parágrafos à prática da oração, considerando que esta permite “adquirir uma nova concepção do tempo”.

“Sem a perspectiva da eternidade e da transcendência, ele  (o tempo, ndr) cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro”, assinala.

“Mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo”, conclui o Papa.

A mensagem foi disponibilizada pelo Vaticano numa tradução portuguesa, que pode ser consultada na secção “documentos” do portal da Agência ECCLESIA (ver notícia relacionada).

OC

(fonte: agência ecclesia)

Encontro Nacional de Responsáveis de Núcleo - 2011

 

O Grupo da LIAM da paróquia de S. Mamede de Guisande participou em mais um Encontro Nacional de Responsáveis de Núcleo, que teve lugar no Seminário do Verbo Divino, em Fátima, neste fim-de-semana, dias 26 e 27 de Fevereiro de 2011.
Certamente que foi uma jornada rica de experiências e partilhas de fé e espiritualidade, tão úteis ao reforço do grupo e da sua própria missão, tanto no contexto da comunidade paroquial de Guisande como no esforço comum desenvolvido pelos missionários do Espírito Santo.